A nossa identidade depende da imagem que os outros têm de nós? Até que ponto? Esta pequena história, cujo autor desconheço, pode ajudar a compreender:
Um homem estava internado num hospital psiquiátrico porque dizia ser um bago de milho. Um dia teve alta mas de imediato o homem regressou ao hospital, gritando que havia uma galinha no lado de fora. O médico diz: "Porque voltou? Você está curado, já deixou de pensar que é um grão de milho!". Ao que responde o paciente: "Mas será que a galinha sabe isso?"
A fachada social da nossa Identidade apresenta-nos ao mundo e torna-nos reconhecidos e aceites.
A que preço?
Identificamo-nos com profissões e actividades (vendedor, médico, gestor, ciclista…). Com aspectos comportamentais (habilidoso, calmo, ansioso…). Com afiliações a grupos (do partido x, do clube y…).
A dependência de terceiros para definir quem somos tem consequências funestas mas também as tem o egocentrismo que julga não precisar de outros para se manifestar.
Validação interna e a valorização da opinião dos outros
Podemos procurar o equilíbrio entre desenvolver a validação interna e a valorização da opinião dos outros? Claramente que sim e isso também será uma forma de definir o poder pessoal.
Para mim, é claro que a razão da nossa vida somos nós mesmos, não precisamos de a procurar fora, está simplesmente dentro de nós.
Paz Interior
Nesta base, proponho que a nossa grande missão seja chegar à fonte de Paz interior.
Nas minhas consultas de Coaching com PNL, tenho descoberto que o desejo de Paz e União são comuns a grande parte dos clientes. Na maior parte dos casos, não foram desejos expressos no início das sessões mas estavam implícitos e pareceram nitidamente no decurso do nosso trabalho. Quando esta revelação se dá, ocorre também um grande avanço no processo pessoal do cliente.
No percurso entre o reconhecimento da razão e o cumprimento da missão, desempenhamos o nosso papel no teatro da vida. Uns de nós acreditam que o papel já está escrito ou é escrito por outrem. Só manifestamos o nosso poder de escolha ao acreditarmos que somos nós que o escrevemos (talvez em co-autoria).
Carlos Baltazar
Publicado em 23/04/2020